Oh quão louca é a maquina do pensar!
Que funciona sozinha e sem cessar.
Que sem guia fica por ai nas esquinas,
Andando sozinha por ruas sombrias,
Buscando alguém pra conversar.
Alguém pra ouvir o que tem pra falar.
Um lugar pra dormir, mais se sono pudesse sentir,
Já haveria adormecido pra não mais acordar.
Que sem guia fica por ai nas esquinas,
Andando sozinha por ruas sombrias,
Buscando alguém pra conversar.
Alguém pra ouvir o que tem pra falar.
Um lugar pra dormir, mais se sono pudesse sentir,
Já haveria adormecido pra não mais acordar.
Pois pesado é o fardo do pensar.
E caro é o preço do saber.
Enfada a rotina de buscar, buscar e buscar.
E de fato nunca achar algo em que se possa dizer:
_Eis que acabo de encontrar e já me basta esse viver!
Pois não me acaba a sede.
E nem tão pouco a bebida.
Pois não me agrada a morte.
Nem tão pouco a própria vida.
E não se esgota o que pensar.
Nem me cansa o conhecer.
O que me cansa e não cansar.
O que me mata é não morrer.
Oh quão louca é a maquina do pensar!
Que funciona sozinha e sem cessar.
Se eu ainda fumasse.
Teria-me acabado os cigarros.
Pois o café já me acabou.
E nem ao menos começou.
O meu pensar desenfreado.
Se em claro eu escrevo.
E dormindo ainda sonho.
E calado ainda ouço.
Quando é que eu descanso?
Se nem mesmo um segundo.
Eu consigo me ver “branco”
E o branco ainda é muito.
E sobre ele ainda há tanto.
Não me acabam as palavras.
Mais a tinta da caneta.
E essa fome que não some.
E o mal que me alimenta.
Diego Ap. Vítor
Me reconheci neste trecho:
ResponderExcluir"Não me acabam as palavras.
Mais a tinta da caneta."
Belíssimo começo Diego :)
Me identifico com o texto!
ResponderExcluir''Pois não me acaba a sede.
E nem tão pouco a bebida.
Pois não me agrada a morte.
Nem tão pouco a própria vida.''
ótima construção :)