30 de abril de 2011

Olhos vermelhos



Seus olhos eram misteriosos
Porém essa palavra é muito simples
Não foi possível criar um rótulo
Mas pude ver sua alma

Era um olhar assassino
Era um olhar perdido
Era um olhar sem ódio
Era um olhar de dúvida

Por um instante tive a impressão de que seus olhos eram vermelhos
assim como seus cabelos ruivos
O olhar não se desviou, mesmo depois do meu.

Eram olhos sensíveis
Eram olhos machucados
Eram olhos de raiva
Eram olhos que queriam me conhecer

Meus olhos ainda me pedem, ainda me imploram
Para encontrar aqueles olhos.
Meu olhar pede, para conhecer seu olhar.

28 de abril de 2011

Tão rápidos e rasteiros...

Estive pensando sobre como somos rápidos por este mundo...

Não que oitenta ou noventa anos seja pouco.
Mas fiquei pensando em como esta "vida" é perigosa de se viver; 
Em como basta apenas estar vivo para se morrer! 
Como é tudo muito impossível de se prever. 
Você pode atravessar a rua e pronto, fim... Acaba tudo; 
E toda essa violência heim? 
Todos tão donos de si e do direito de tirar e maltratar vidas;
Nem escondem mais o rosto.
Hoje essa violência tem nome, sobrenome... 
E perfil no orkut!
Não importa mais onde.
Na rua, na chuva, na fazenda;
Até onde antes só se estudava; 
Onde a morte era lenda.
Tudo é tão rápido e rasteiro.
Quanto desespero;
Estive pensando...


De mãos dadas;

Se vamos continuar... Por que não dar as mãos?
Por que não?
Se não vamos, por que não dar as mãos?
Quem sabe ainda vamos.

7 de abril de 2011

Felicidade.

Minha felicidade aconteceu esta manhã; hoje, casei-me com o homem da minha vida!
Te amo, Alexandre Magno. 

6 de abril de 2011

Veneno - Movimento I

A vespa e o besouro se amam
Mas a vespa decidiu dar do seu veneno para seu amado
O besouro agonizou por alguns momentos, mas sobreviveu.
Sedento por vingança, o besouro não sabia que a vespa havia dado o veneno também a si mesma.
A vespa agozinava, mal imaginava ela que aquilo era culpa do seu próprio veneno.
A agonia da vespa foi piorando, ao ponto do besouro perceber.
O besouro queria avisa-la, mas sabia que a vespa não o escutaria, então sua sede falou mais alto.
A vespa não sabia que morreria após o veneno, estava confusa.

(Continua...)

4 de abril de 2011

Uma vez mais

Você me veio a cabeça
E dela não sai mais
Madrugada de lua cheia
Noite que meu amor me trai

Me trai porque me faz
Pensar em ti demais
Te querer e não poder
Te ter uma vez mais

Mas por vingança, dou o troco
Sou cruel com meu amor
Engano a ti e a mim mesmo
Só para não sentir a dor

Dor de amar e acordar
E nem sempre poder pensar
Acordar do sonho e perceber
Que não te tenho uma vez mais

3 de abril de 2011

Codinome Céu;


[Desculpem-me o tempo que não estive aqui e muitíssimo obrigado a todos por estarem fazendo parte desse blog, e Rafaella nem tenho palavras pra lhe agaradecer por cuidar bem desse cantinho de todos...]


Primeiramente, queria desculpar-me como o amante
que some durante a noite e lhe deixa uma manhã de cama vazia.
Uso o termo 'incorrigível' para descrever a mim mesmo,
sou do tipo egoísta que apenas faz questão da companhia de poucos
livros para longas viagens...

Escrevo-te cartas longas sobre os lugares que visito e suas respostas,
quando conseguem me encontrar, me perguntam por que não volto, por que não fico.
Se você soubesse o que é ter um espírito que grita por novos rumos
me entenderia, ainda que eu ame o seu sorriso um tanto melancólico, é
a estrada que me faz sentir que existe vida em mim.

Queria desculpar-me por não ter os pés presos ao chão, queria desculpar-me
por me chamar céu e não ser apenas seu.
Hoje cedo, saí para caminhar e amorenar minhas idéias ao sol, aquele sol
que vem depois da chuva, que nos faz agradecer a luz por existir, pensei
em você decidi que já era hora do regresso...

Eu desapareço na vida por que é preciso, e eu volto para a sua vida, por que
te amo...